todo o poder à praia!

Para Art Basel OVR Miami Beach 2020, a praia de Copacabana no Rio de Janeiro se transformará em nosso espaço temporário de exposição. Em todo poder à praia! a arte se interconecta com a cidade e o mar, através de uma seleção especial de obras dos artistas Aleta Valente, Arjan Martins, Cabelo, Jarbas Lopes, João Modé, José Bento, Laura Lima, Marcela Cantuária, Maria Laet, Maria Nepomuceno, OPAVIVARÁ!, Rodrigo Torres e Vivian Caccuri.

Nessa exposição, a arte transborda o desejo de ocupar o espaço público, camuflando-se na sonoridade das águas marinhas, na alegria dos quiosques e dos calçadões, no sabor dos picolés de fruta, na brisa fresca quando toca nossos rostos. A praia se constitui enquanto lugar democrático onde todas as pessoas podem transitar livremente e contemplar o mesmo horizonte infinito – imensidão azul que resguarda uma pluralidade de histórias, crenças, milagres e mistérios.

Nas praias brasileiras é costume tomar banhos de mar para renovar as emoções, um ritual que atrai boa sorte aos novos ciclos que se iniciam. Iemanjá – padroeira dos pescadores – é quem decide o destino de todos aqueles que entram no mar. No Ano Novo, sob influência sincrética das tradições afro-brasileiras, é bastante comum presenteá-la (assim como outras entidades e orixás), em sinal de gratidão pelas promessas cumpridas.

Sobretudo, essa não é a primeira ação Gentil nas praias do Rio de Janeiro. No verão de 2010, surgiu o projeto ALALAÔ na praia de Ipanema, uma mobilização artística-política-afetiva para realização de uma série de ações na praia do Arpoador, idealizada por Marcio Botner, Ernesto Neto e Marcos Wagner. Esse projeto inaugurou nossas atividades nas areias praianas da cidade balneária, com intuito de integrar a arte aos espaços públicos.

Milhares de quilômetros separam o Rio de Janeiro de Miami Beach, mas os vestígios da cultura litorânea nos permitem criar um imaginário convergente, seja pelo clima tropical, pela arquitetura beira-mar, pelos vestuários, comportamentos e tradições típicas que se sedimentam. A arte irá coletar no horizonte infinito, elementos que reduzam as distâncias e nos aproximem pela poética.